Poderia ser o simples nascer do Sol aquele dia, ou poderia ser o piscar da primeira estrela que apareceu no céu, mas foi o brilho da sua alma a me enxergar em meio a multidão de pessoas insensíveis, invisíveis talvez.
Não sentiria, até não perceberia, caso não tivesse tropeçado naquele meio-fio e percebido que os meus cadarços haviam saído de ordem. Sair do fluxo - por um instante - me fez perceber que ali, bem ao meu redor, poderia existir algo além do que eu poderia ver. Meus olhos, castanhos e grandes, não são capazes de detectar, nunca serão. Mas quando, ao levantar e me recompor, você me tocou eu pude sentir, perceber, constatar que um universo diferente - paralelo talvez - se abria bem ali, no meio da calçada enquanto milhares de invisíveis seguiam o fluxo, cegos às sensações delicadas que o simples ato de tocar e se deixar tocar pode fornecer.
Eu sei que diante de tal circunstância, em meio aos insensíveis e toda a turbulência da hora do rush, você sequer me percebeu. O vento que ventou cá não ventou lá.
Quero sonhar com os nossos futuros encontros nas tardes de domingo, onde eu te contaria sobre meu último autor preferido e você me encheria de piadas sem graças - eu riria de todas.
Hoje, quando a última estrela brilhar, eu estarei com você - no meu quinto sono, que seja.
Só peço que o fluxo não te leve pra muito longe de mim.
- Quando eu descobrir quem sou, conto pra vocês.
Plágio é crime ;)
Que texto lindo!
ResponderExcluirwww.karenbartolomeu.com
Obrigada, Karen :)
ExcluirAdorei o texto, achei super fofo! <3
ResponderExcluirhttp://www.arquivosderafaela.com/
Obrigada, Rafaela :)
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