Somos Estranhos

Peguei uma folha, escrevi tudo o que estava me agoniando e fiz uma barquinho de papel com ela. Depois coloquei na piscina e esperei até que a água o consumisse. Fiquei com pena do barquinho. Mas estava aliviada. Todas aquelas preocupações e dores que tanto me perturbavam tinham sido afogadas e eu nunca mais iria precisar voltar a vê-las. Só se eu quiser, é claro. Porque a gente sempre pode fazer a dor voltar, num estalar de dedos. Somos mestres nisso! Hoje eu prefiro estar no meu canto, sossegada e com minhas próprias alegrias. Alguns preferem se isolar em suas aflições. Mas o problema é que, cedo ou tarde, se você não afogar o barquinho... ele te afoga. Eu considero isso um suicídio. E não me parece muito divertido quando se tem um mundo para explorar. 


Dizem por aí que o Sol nasce pra todos. Isso é verdade se você for o tipo de pessoa "literal". Mas se você for como eu, vai entender quando digo que o Sol só nasce pra quem quer ser iluminado. É uma escolha! Decida ser assim, e será. Tudo neste universo gira em torno de decisões. Por mais que eu as odeie as vezes, hoje as considero vitais. Vitais? Sim. Você escolhe o que comer, o que fazer, o que amar. E todos esses fatores podem te levar à morte. A verdade é que tudo envolve tudo o tempo todo. Chega a ser chato! Não fale, não pense, não leia, (não não não)  e não, antes de ter certeza que fez a escolha certa. Mesmo sabendo que metade da vida perderemos tomando uma decisão e a outra metade analisando se fizemos a coisa certa. 
Somos estranhos. 

- Quando eu descobrir quem sou, conto pra vocês.

Não copie sem creditar :)

Escrever para mim


Eu parei de escrever. Pensei que não precisava, que não faria falta. Acreditei que o mundo ao meu redor continuaria a girar sem as palavras. Mas a verdade é que eu não suportei esse jejum torturante que meu interior me obrigou a seguir, minha mania de colocar essa confusão de sentimentos no papel, de tentar organizar tudo e depois, no sono ou durante uma xícara de café, devolver à minha cabeça.
Quando vão entender que não dá para existir, chorar, pular, abraçar, cantar, gritar, amar, sem um pedaço de papel e um bom grafite? (O grafite nem precisa ser tão bom)
As palavras têm poder sobre mim. Não quaisquer palavras, as minhas. Essas que escrevo enlouquecidamente enquanto uma tempestade de sensações dançam dentro de mim. É tão prazeroso quando consigo expressá-las, melhor ainda é depois de anos reler e conseguir sentir novamente toda aquela loucura interior.
Está me achando uma retardada? Você ainda não viu meus piores.
Gosto de escrever minha forma infantil de amar, sobre os detalhes incríveis do mundo ou criar personagens aleatórios que só a mim conseguem cativar.
Juntar letras, para mim, é como uma xícara com cappuccino eterno.

- Quando eu descobrir quem sou, conto pra vocês.

Plágio é crime!