Srº Palhaço

Aplausos, vivas, acenos... Sorrisos.
Os palhaços são seres tristes. Nunca reparou? Os felizes por natureza não precisam se esconder, nem criar um sorriso.  A cada pincelada em seu rosto, ele sente a dor da hipocrisia. 


Sabe que durante todo o espetáculo não será ele mesmo, será uma simples miragem daquilo que a plateia deseja. Cada olhar que ele encontra nas arquibancadas é um sonho que ele destrói. Sim, Sr Palhaço, você sabe que a mentira te sustenta. A cada brincadeira, sente sua alegria ir... 


Por que não assume? É um palhaço melancólico. Que lástima! Admita que suas noites são molhadas e suas manhãs desesperadoras. Do que adianta viver ansiando pelo anoitecer?  Parece que o que resta é a morte. O fim de seu desprezível espetáculo particular. A sua ruína já está ai, não seria a morte uma amiga salvadora? 


 Chorar é supérfluo, não acha? Essa dor que você sente quando chega a hora de retirar a máscara, é pavorosa. Sinto pena de você. Livre-se, por mim. É torturante te ver implorar por um sorriso... Mate-me, Sr Palhaço. Por favor.


- Quando eu descobrir quem sou, conto pra vocês.

Não copie sem creditar ;)

Fênix

A cada estação você se renova com mais força. O mundo ao seu redor já não tem mais valor, os dias são como minutos que passam despercebidos, você me perturba como se eu fosse a tua escrava. Tento dormir para lhe esquecer. Mas você está presente nos meus sonhos e mesmo quando aparece num pesadelo eu me entrego profundamente ao seu olhar. 


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 Tento fugir para me livrar. Porém é como se você me perseguisse e morasse na minha mente. Sei que querer você é mais um desejo fútil e egoísta meu. E que com o passar do tempo você ficará para traz como uma mancha esquecida no passado. Penso em lutar por você, mas você me mostrou - várias vezes - que não vale a pena. Eu sei que você pode morrer por um tempo e, mesmo antes que eu me acostume, você renascerá das cinzas de um passado triste e infeliz.




- Quando eu descobrir quem sou, conto pra vocês.


Não copie sem creditar. ;)

Como vovó sobreviveu?


Enquanto todos estão falando sobre o feriado... Eu falo das vovós! hahaha
Já parou para pensar como foi a infância da sua avó?
Deixa eu te ajudar, feche os olhos e imagine...
Um mundo sem computador, sem internet, sem DVD (nem estou citando o Blu-ray), sem celular (para não falar de tablet  e Ipad), sem fast food, sem carro, sem ônibus, sem metrô... GENTE!!! SEM ENERGIA ELÉTRICA!
Sinceramente, não sei o que preencheria meu tempo sem todos esses aparelhos eletrônicos e invenções tecnológicas. Não que eu viva disso, mas quase tudo que faço depende desses utensílios. Somos escravos da tecnologia, admitam!
Resolvi fazer uma pesquisa pela memória da minha avó e vasculhar todas suas lembranças sobre esse tema. Se não acreditar no que irá ler aqui chame sua avó que, acredite, ela irá confirmar.

Dnª Creuza Inês 

(O nome da minha avó como subtítulo ♥)

Data de nascimento: 12/07/1944 (Leu direitinho? 1944)
Naturalidade: PR - Campina Grande 
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Vó, posso te fazer umas perguntas?
-Não. Estou ocupada.
Ah, vó... Poxa, é para o blog.
-Se o arroz queimar a culpa é sua.
Ta bom. Imagino que as coisas na sua infância foram um pouco diferentes da minha. Você lembra como era, por exemplo, a forma de locomoção?
-Ah...(Aquele momento que mil e uma cenas do passado passaram pela cabeça da minha avó) Claro! Na minha cidade só a pé ou a cavalo. Foi assim por um bom tempo. Depois quando começou a aparecer os carros era uma coisa... Quando passava um parecia que tinha celebridade na rua, todo mundo saía das suas casas para olhar.
E como você se comunicava com parentes de longe?
-Via carta. Olha, levava meses para chegar ao destino e mais meses para voltar a resposta. 
Sabe que boa parte do meu tempo é ocupado por aparelhos eletrônicos. Como vocês preenchiam o espaço de tempo dos dias?
-Ah, minha filha... De dia era trabalho duro, claro. Mas de noite íamos à casa da vizinha tomar chá e jogar conversa fora. Era bom...
Outra coisa que não me vejo sem, é microondas. Como vocês cozinhavam?
-Microondas? (risos) Era fogão a lenha e fogão a carvão. Só que o a carvão era chique, sabe? (risos)
Vó, todos sabemos que o pessoal dessa época tinha muitos filhos. Dependendo até mais de 20. Você acha que a falta da TV foi o motivo?
-(risos) Claro que não, garota! A falta de preventivos sim. Ah, mas a falta de TV também ajudou. (risos)

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PS: Todos as informações da entrevista são baseadas no modo de vida dos morados da cidade de Campina Grande na Paraíba por volta de 1950.

Tente fazer essas perguntas para a sua avó, você vai adorar as respostas.


- Quando eu descobrir quem sou, conto pra vocês.