Escrever para mim


Eu parei de escrever. Pensei que não precisava, que não faria falta. Acreditei que o mundo ao meu redor continuaria a girar sem as palavras. Mas a verdade é que eu não suportei esse jejum torturante que meu interior me obrigou a seguir, minha mania de colocar essa confusão de sentimentos no papel, de tentar organizar tudo e depois, no sono ou durante uma xícara de café, devolver à minha cabeça.
Quando vão entender que não dá para existir, chorar, pular, abraçar, cantar, gritar, amar, sem um pedaço de papel e um bom grafite? (O grafite nem precisa ser tão bom)
As palavras têm poder sobre mim. Não quaisquer palavras, as minhas. Essas que escrevo enlouquecidamente enquanto uma tempestade de sensações dançam dentro de mim. É tão prazeroso quando consigo expressá-las, melhor ainda é depois de anos reler e conseguir sentir novamente toda aquela loucura interior.
Está me achando uma retardada? Você ainda não viu meus piores.
Gosto de escrever minha forma infantil de amar, sobre os detalhes incríveis do mundo ou criar personagens aleatórios que só a mim conseguem cativar.
Juntar letras, para mim, é como uma xícara com cappuccino eterno.

- Quando eu descobrir quem sou, conto pra vocês.

Plágio é crime!